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Cenário de incertezas para 2015

Fonte: Revista do Aço

 

Os analistas do mercado financeiro elevaram suas previsões mais uma vez para a inflação neste ano, mas reduziram a expectativa para 2016, devido a uma redução nos juros menos intensa do que a prevista, informa nesta segunda ­feira o boletim Focus, do Banco Central.

A mediana das estimativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano subiu pela quinta semana consecutiva, de 8,29% para 8,31%. Essa alta acompanha uma piora na previsão para os preços administrados (conta de luz, água etc.), que subiu pela segunda semana consecutiva, de 13,2% para 13,5%.

Na estimativa para a inflação daqui a 12 meses, ou seja, abril do ano que vem, a mediana cedeu de 5,94% para 5,93%. Para o ano de 2016, a mediana do IPCA teve pequena queda, de 5,51% para 5,50%.

Essa desaceleração da inflação no ano que vem deve ocorrer em um cenário de afrouxamento monetário menos intenso que o previsto. Os analistas acreditam que a Selic vai chegar ao fim deste ano em 13,5% (atualmente está em 13,25%) para depois ser reduzida a 11,75% até o fim de 2016. Há um mês, esperava ­se uma redução maior, a 11,5% ao ano.

Entre os analistas Top 5 ­ os que mais acertam as previsões ­ nada mudou. A mediana de médio prazo de suas estimativas seguiram em 9,02% para a inflação e 13,75% para a Selic neste ano; e de 6% e 12%, respectivamente, para 2016.

Atividade
Quanto aos indicadores de atividade, os analistas consultados para o Focus voltaram a reduzir a expectativa para a produção industrial neste ano, de queda de 2,5% para recuo de 2,8%, mas mantiveram a projeção do Produto Interno Bruto (PIB) com recuo de 1,2%. Para 2016, as estimativas continuaram em expansão de 1,5% na produção industrial e de 1% no PIB.

Na semana passada, os números do varejo brasileiro mostraram que a economia iniciou o ano rodando em nível muito baixo. Com a retração no consumo das famílias, o varejo restrito (sem automóveis e construção civil) caiu 0,9% em março e 0,8% no acumulado do ano — o pior trimestre desde 2003.

Com essa retração, os economistas estimam que a atividade do país medida pelo Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC­Br) tenha caído 0,5% no primeiro trimestre deste ano, depois de retração de 0,2% no último trimestre de 2014.

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