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Revestimentos isolantes e aberturas conferem conforto térmico a containers

Alternativa construtiva para quem busca soluções econômicas e de baixo impacto ambiental, a construção com containers navais vem deixando o caráter experimental de lado para ganhar aplicações em edificações permanentes, como residências e lojas. O sistema tem como principal vantagem a possibilidade de dar novo uso a um material estrutural resistente e de longa durabilidade, que chega ao canteiro de obras praticamente pronto, com os vãos já recortados. Isso garante uma obra limpa e com mínima geração de resíduos.

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Projeto residencial arquitetado em estrutura de container (Martin Bilek/ Shutterstock.com)

Um desafio nesse tipo de construção é garantir níveis de conforto térmico e acústico adequados em seus interiores. Afinal, essas grandes caixas são confeccionadas em aço – material que é ótimo condutor de calor e péssimo absorvente acústico. Vale lembrar que as casas que utilizam containers, assim como as convencionais, devem atender aos critérios da NBR 15.575:2013, que trata do desempenho das edificações habitacionais e estabelece requisitos mínimos de durabilidade e conforto a serem atendidos, não importando o sistema construtivo utilizado.

Container ventilado

“Em construções com containers, o cuidado com a questão de conforto inicia-se desde o projeto, assim como ocorre em outras construções”, explica o arquiteto Danilo Corbas. Ele cita entre as estratégias a serem consideradas o correto posicionamento e dimensionamento de janelas e portas para tirar proveito da ventilação cruzada.

A escolha do tipo de módulo de aço também impacta o desempenho térmico da edificação. Há dois tipos de containers mais utilizados para construções permanentes: o marítimo comum, fabricado com aço corten, e o container reefer, usado para transportar carga congelada e que já vem de fábrica com isolamentos térmicos incorporados.

Revestimento interno para container

Outra medida utilizada para melhorar o desempenho térmico e acústico de edificações com containers é a adição de materiais isolantes junto às paredes e à cobertura. O material – manta de lã de rocha ou vidro, lã de PET ou poliestireno expandido – é introduzido junto à chapa de aço e pode ser estruturado com chapas de OSB (oriented strand board), de drywall e até com lâminas de madeira, formando uma espécie de sanduíche.

Segundo o engenheiro Olavo Fonseca Filho, consultor em acústica, é fundamental a utilização de mantas isolantes em todo o perímetro da caixa, incluindo paredes, forro e piso. “Podem ser utilizados diferentes tipos de mantas. O importante que é se tenha uma boa densidade, no mínimo 30 kg/m³, para melhorar o comportamento acústico e também térmico”, recomenda o especialista.

Outros recursos válidos são a utilização de pinturas reflexivas externas, a especificação de vidros reflexivos nas fachadas, a instalação de sistemas de sombreamento na fachada (brises, por exemplo) e a opção por esquadrias isolantes.

“Para a parte superior da construção uma solução recorrente é a utilização de telhas térmicas, compostas por duas chapas de aço galvanizado recheadas com material isolante”, comenta a arquiteta Erika Fukunishi. Outra tecnologia interessante são os telhados verdes. Em especial as coberturas do tipo extensivas (compostas por gramíneas e plantas rasteiras) são indicadas para esse tipo de projeto porque apresentam baixa carga estrutural, têm baixo custo de manutenção e são capazes de proteger termicamente a superfície que recebe maior incidência da radiação solar no verão.

Fonte: Portal AECweb

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